domingo, 21 de junho de 2009

Ilusão

Tento entender seus sentimentos , tudo ilusão
Tento ler seus pensamentos , tudo em vão .
E num breve momento tento olhar na mesma direção , mas meu rosto duro , apático quase me tira toda a visão .
Sinto-me perdida enganada alma sonhadora sacrificada , lutando por migalhas de nada .
Só me resta a doce ilusão de que tua sombra me aquece , toca meus lábios com paixão .

sábado, 13 de junho de 2009

História de um coração incompleto

Certas coisas vem e vão, somem com o tempo mais o que houve entre nós dois, nunca esqueci. As vezes, são coisas que nos fazem sentir tão bem, são simples gestos e carinho uns pelos outros. As vezes achamos que estamos bem mentindo pra nós mesmo, mas não . Não vai dar em nada mentir pra si mesmo, fingir que ti esqueci ... Pra que? Achamos que estamos nos polpando de tanto sofrer, mais não, estamos sofrendo mais ainda . eu tento fingir pra mim mesma que lhe esqueci, tento fazer de tudo pra te tirar da memória , esquecer que um dia ainda fomos felizes . Mais é impossivél Seria mais fácil fingir que acreditamos em papai noel , do que fingir que um dia não houve nada entre nós dois .

sábado, 23 de maio de 2009

E ela está ali

Sentada em sua cama com um papel e uma caneta na mão .
Uma música pra tirar da cabeça , quem não sai do coração .
Um rabisco , um verso ruim palavras perdidas numa noite sem fim .

Recomeço

Certa vez ela ouviu uma amiga dizer; que não se pode desistir do amor, pois o amor é o recomeço de tudo. Tudo que é no mínimo significante na sua vida, vai dar errado pelo menos uma vez; e cabe apenas a você recomeçar. E se você desiste do amor, desiste automaticamente de todos os recomeços; o que seria da sua vida então? Apenas algo que não merece ser escrito, ou descrito; não importa. E foi isso que ela viu quando resolveu levantar da cama e analisar a sua vida... Agora tudo passará a ser a história de um recomeço; não a de uma desilusão; por mais que até hoje ela chore.' 

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Viva

Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo
Morre lentamente
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos
e os corações aos tropeços.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com
o seu trabalho, ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir
atrás de um sonho
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos..
Viva hoje .

sábado, 16 de maio de 2009

Sonhando

Na praia deserta que a lua branqueia , que mimo , que rosa , que filha de deus

Tão pálida , ao vê-la meu ser devaneia , sufoco nos lábios os hálitos meus .

Não corras na areia

Não corras assim

Donzela , onde vais ?

Tem pena de mim .


A praia é tão longa , e a onda bravia

As roupas de gaza te molha de espuma de noite , aos serenos , a areia é tão fria

Tão úmido o vento que os ares perfuma .

És tão doentia

Não corras assim

Donzela , onde vais ?

Tem pena de mim .


A brisa teus negros cabelos soltou

O orvalho da face te esfria o suor

Teus seios palpitam , a brisa os roçou

Beijou-os , suspira , desmaia de amor

Teu pé tropeou ...

Não corras assim

Donzela onde vais ?

Tem pena de mim .

sexta-feira, 3 de abril de 2009

E essa vontade

De sair por ai , sem rumo sem direção
Pensar na minha vida , em tudo que perdi
Em tudo que ganhei
Por tudo que sofre , que amei
E essa vontade de viajar por uma ilusão que é uma ingratidão
E descobrir que o mundo é uma Paixão .

domingo, 22 de março de 2009

Águas De Março

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...

É peroba do campo
É o nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumeeira...

É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...